Isto é o Meu corpo, diz Jesus.
Noite de mistérios e sinais, noite do Amor Sacramentado. Tendo de regressar ao Pai, Jesus quis ficar na Eucaristia, em dom e perpétuo memorial do Seu amor. Para nos ver e tocar ficou em cada homem para amar e ser amado. Todo o irmão é corpo do Senhor, sacramentado em espécies de qualquer homem.
Comungar Cristo e comungar os irmãos é uma só Eucaristia, uma só comunhão. Foi o Amor que pôs a mesa, para poder remir e saciar todas as fomes e sedes.
A Ceia do Senhor é o sacrifício em que Cristo se imola e oferece ao Pai para a redenção do mundo. No Seu sangue derramado está o preço do resgate. A Ceia do Senhor é sacramento, que através de gestos e sinais, actua no mundo a redenção.
Para saciar fomes e sedes, Cristo fez-se pão e vinho, Cordeiro da nossa festa. Mas, ao ficar na Eucaristia, Jesus instituiu o sacerdócio ministerial para continuar no mundo o Seu sacerdócio e sacrifício. Sem sacerdócio não haveria Eucaristia nem haveria Igreja.
O lava-pés aos discípulos também é Eucaristia. Neste gesto sacramental Jesus assumiu a forma de Servo para mostrar aos homens que amar é servir.
Assim nos ensina o mandamento novo, que consiste em amar como Ele amou, encarnando e dando a vida. Cada homem é sacramento de Cristo, corpo de Deus consagrado em perfeita Eucaristia. As relações fraternas são Ceia do Senhor.
(J.A.C.)