Lembrando os que já partiram
O Dia dos Finados existe a partir do ano 998. Foi introduzido pelo Santo Odilon, abade de um mosteiro que pediu aos monges que rezassem por todos os mortos, conhecidos e desconhecidos. Mais tarde o Papa Silvestre II no ano de 1009 adoptou, o dia 2 de Novembro, como o Dia dos Fiéis Defuntos. São mil anos de celebração pela Fé e pela Ressurreição.
A homenagem, aos que já partiram, é um acontecimento global e é vivido um pouco por todo o mundo.
O Dia dos Finados, logo após o dia de Todos os Santos, é um dia de saudade porque dá-nos uma imensa tristeza não podermos partilhar a vida com os nossos familiares e amigos, que dela faziam parte e conviviam no dia-a-dia, e que mais cedo partiram. É um dia com mágoa e angústia em que muitos, para acalmar o coração e apaziguar a tristeza, escolhem ir ao cemitério, deixam ramos de flores (crisântemos são as flores por tradição e que significam a vida e a morte) nas campas, acendem velas que simbolizam a luz que ficou na vida dos seus familiares e amigos, participam na Eucaristia e, assim, escutando palavras de paz e conforto, encontram em Jesus a força de que necessitam para suportar o sofrimento da ausência.
Nos túmulos que ficam decorados com milhares de velas e flores, deixam preces e lágrimas embuídas de amor e muita saudade. É um dia triste, pois a emoção aflora, quando nos lembramos de pessoas que foram muito importantes nas nossas vidas e, assim neste dia uma vez mais, voltamos a sofrer a dor da perda.
Particularmente recordamos os bons exemplos dos que aprendemos a amar em vida e dessa forma a saudade dilui-se, um pouco, no tempo e reconforta-nos saber que eles se encontram face a face com Deus.
O Papa Bento XVI disse que os cemitérios e outros locais de sepulto são “uma espécie de assembleia” em que os vivos se reencontram com os mortos.
“A visita aos cemitérios permite-nos renovar o vínculo com as pessoas queridas que nos deixaram. A morte paradoxalmente conserva o que a vida não pode reter. Como os nossos defuntos viveram; o que amaram, temeram e ansiaram, o que recusaram, descobrimo-lo, de modo singular, justamente nas suas sepulturas”.
Estas sepulturas, acrescentou, são “quase um espelho da sua existência, do seu mundo: elas interpelam-nos, levam-nos a retomar um diálogo que a morte pôs em causa. Assim, os lugares de sepultura supõem uma espécie de assembleia, em que os vivos se encontram com os seus defuntos e com eles reforçam os vínculos de uma comunhão que a morte não pôde interromper”.
E é na esperança, que deve brotar do coração de cada um de nós, que somos convidados a não ficar presos à realidade da morte mas, a vê-la na perspectiva da Ressurreição de Jesus.
Ele ressuscitou. Ele venceu a morte. A morte é apenas a passagem para a outra vida, um lugar, por excelência, da esperança onde também nós contamos ser recebidos. E é na imagem das pedras que suportam os túmulos que está Cristo, que é Vida. Ele olha, vê e resgata-nos. A Vida Cristã é viver em comunhão intima com Deus, agora e para sempre.
Neste dia ergamos os nossos olhos ao Céu e numa humilde súplica peçamos a Deus por todos os nossos amigos e familiares que já partiram e que Ele os receba na Sua infinita misericórdia e os que ainda não tiveram a alegria do encontro, que o Purgatório os purifique e que rapidamente se apresentem, sem mancha, diante de Deus. A alegria, que terão de eterna Felicidade no Céu, ajude a superar a dor e o sofrimento da espera. O verdadeiro significado, do Dia dos Finados, só pode ser encontrado no Amor de Deus.
O projecto de Deus para a humanidade é um projecto de Vida, de Felicidade Eterna e a Morte não poderá, nunca, significar o fim.
Celebremos este dia como a vitória de Cristo sobre a morte.
Não esqueçamos o que disse Jesus -“Eu sou a Ressurreição e a Vida. Aquele que crê em Mim ainda que esteja morto viverá e todo aquele que vive e crê em Mim jamais morrerá. “(Jo 11,25-26).
Ser Santo é ser de Deus.
I.A.
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