Salvé

«Salve, ó cheia de graça»

Para vir a ser Mãe do Salvador, Maria «foi adornada por Deus com dons dignos de uma tão grande missão» (Vaticano II LG 56).

O anjo Gabriel, no momento da Anunciação, saúda-a como «a cheia de graça». Efectivamente, para poder dar o assentimento livre da sua fé ao anúncio da sua vocação, era necessário que Ela fosse totalmente movida pela graça de Deus.

Ao longo dos séculos, a Igreja tomou consciência de que Maria, «cumulada de graça» por Deus, tinha sido redimida desde a sua conceição.

É o que confessa o dogma da Imaculada Conceição, proclamado em 1854 pelo Papa Pio IX: «Por uma graça e favor singular de Deus omnipotente e em previsão dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do género humano, a bem-aventurada Virgem Maria foi preservada intacta de toda a mancha do pecado original no primeiro instante da sua Conceição.» 

Este esplendor de uma «santidade de todo singular», com que foi «enriquecida desde o primeiro instante da sua Conceição» (LG 56), vem-lhe totalmente de Cristo: foi «remida dum modo mais sublime, em atenção aos méritos de seu Filho» (LG 53).

Mais que toda e qualquer outra pessoa criada, o Pai a «encheu de toda a espécie de bênçãos espirituais, nos céus, em Cristo» (Ef 1, 3). «Nele a escolheu antes da criação do mundo, para ser, na caridade, santa e irrepreensível na sua presença» (Ef 1, 4). 

Os Padres da tradição oriental chamam à Mãe de Deus «a toda santa» («Panaghia»), celebram-na como «isenta de toda a mancha de pecado, visto que o próprio Espírito Santo a modelou e dela fez uma nova criatura».

Pela graça de Deus, Maria manteve-se pura de todo o pecado pessoal ao longo de toda a vida.

Catecismo da Igreja Católica 
§§ 490-493 

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