Os que semeiam com lágrimas, recolhem com alegria
De manhã, muito cedo, começa mais uma labuta do dia sem conhecer de perto como irá terminar e quais as tarefas que o preencherão.
O dia, não vem acompanhado de um manual de instruções e com as receitas para nos orientarmos. Não.
Conhecemos algumas das tarefas, porque de véspera já as temos programadas, “é isto para fazer, é aquilo para acabar”, mas outras são-nos completamente desconhecidas.
E, assim, as horas do dia vão passando, recheadas de momentos bons e outros menos bons. Estes, às vezes, invadem o nosso coração com tristeza e sofrimento. Os olhos, que são espelhos pequeninos da alma, reflectem e o modo de o exprimir, é feito através de gotículas que, sem permissão, deslizam, incontrolavelmente, sem cessar pelo rosto.
Choramos e em súplica erguemos os olhos para o Alto. Seguramos as palavras que compõem a nossa simples prece e, com as lágrimas a servirem de cravos, deixamo-las presas no coração de Jesus.
Sentamo-nos na calçada porque, entretanto, o cansaço faz companhia. Voltamos a olhar a Cruz e vemos, então, um sorriso que transporta o Amor que esperávamos.
Confiamos e vencemos. A alegria volta ao nosso regaço e fortalecidos levantamo-nos e lá vamos de novo.
A vida é assim. Mas, não estamos sozinhos.
I.A.