«O povo que jazia nas trevas viu uma grande luz»

«O povo que jazia nas trevas viu uma grande luz»

A luz da fé em Jesus ilumina também o caminho de todos aqueles que procuram a Deus e oferece a contribuição própria do cristianismo para o diálogo com os seguidores das diferentes religiões.

Imagem desta busca são os Magos, guiados pela estrela até Belém (Mt 2,1ss). A luz de Deus mostrou-se-lhes como caminho, como estrela que os guia ao longo duma estrada a descobrir.

Deste modo, a estrela fala da paciência de Deus com os nossos olhos, que têm de se habituar ao seu fulgor. nmbv

Encontrando-se a caminho, o homem religioso deve estar pronto a deixar-se guiar, a sair de si mesmo para encontrar o Deus que não cessa de nos surpreender.

Este respeito de Deus pelos olhos do homem mostra-nos que, quando o homem se aproxima dele, a luz humana não se dissolve na imensidão luminosa de Deus, como se fosse um estrela absorvida pela aurora, mas torna-se tanto mais brilhante quanto mais perto fica do fogo gerador, como um espelho que reflecte o resplendor.

A confissão de Jesus, único Salvador, afirma que toda a luz de Deus se concentrou n’Ele, na Sua «vida luminosa», em que se revela a origem e a consumação da história (Decl. «Dominus Jesus»).

Não há nenhuma experiência humana, nenhum itinerário do homem para Deus que não possa ser acolhido, iluminado e purificado por esta luz.

Quanto mais o cristão penetrar no círculo aberto pela luz de Cristo, tanto mais será capaz de compreender e acompanhar o caminho de cada homem para Deus.

Papa Francisco
Encíclica «Lumen fidei /A Luz da fé», §35 (trad. © Libreria Editrice Vaticana)

 

 

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